Regina Pessoti Zagretti – Secretária da Secretaria Nacional da Mulher da UGT

 

Nesse 8 de março de 2021 impomos nossa voz: “ basta de mortes e de injustiça social, merecemos e queremos uma vida digna”. É esse o grito que está na garganta das mulheres brasileiras.

O ano de 2020 foi um ano singular para nós, mulheres. O flagelo da pandemia da Covid-19 tornou mais árido e sofrido o mundo feminino, no qual já travamos lutas homéricas contra a desigualdade de gênero e no trabalho, o assédio moral e a violência doméstica. Isso apenas para citar algumas das lutas que enfrentamos no nosso dia a dia. A Covid-19 evidenciou ainda mais a problemática feminina, agravou o desemprego, dificultou o acesso à saúde e educação e expôs claramente as mulheres aos seus agressores.

A mulher tem pago um preço alto com a pandemia, está vendo seus direitos duramente conquistados irem ladeira abaixo. Além do fantasma da morte e das sequelas da doença, o saldo que fica é visivelmente baixo. Vê seus filhos com uma educação precária, muitas vezes sem acesso às tecnologias e às novas formas de aprendizado, vê seu tempo sendo cada dia mais tomado por funções e mais funções de cuidados para com a família. Tudo isso exige fisicamente, socialmente e psicologicamente da mulher e seu equilíbrio físico e mental está por um fio.

Diante desses inúmeros desafios ainda lidamos com um governo arbitrário, que não desenvolve estratégias efetivas de combate à pandemia.

É inconcebível a morte de mais de 260 mil pessoas, até o momento, como se fossem nada. Eram pessoas que eram pais, mães, avós, filhos, netos, companheiros de vida, eram seres humanos que mereciam o melhor dos nossos governantes.

Por tudo isso mais uma vez nosso grito é de “Basta”!

 

Post Mario de Gomes
Foto: UGT Nacional

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