Nessa terça-feira (19/01), das 9h30 às 12h, os sindicatos filiados à Federação dos Bancários do Estado do Paraná (Feeb-PR), realizaram manifestações públicas em frente às agências do Banco do Brasil, contra as recentes medidas de reestruturação da instituição anunciadas pelo Governo Bolsonaro.

O presidente da Feeb-PR e do Sindicato de Cascavel, Gladir Basso (integrante do colegiado de vice-presidentes da UGT-PARANÁ), afirma que esses protestos no Paraná engrossam a mobilização nacional contra o “desmonte” do BB pretendido pelo atual governo.

Nesta terça-feira, além de portar e estender faixas e cartazes em frente às principais agências do Banco do Brasil, os dirigentes dos sindicatos ligados à Feeb-PR distribuíram uma carta aberta à população, denunciando o “desmonte” da instituição financeira pública e os prejuízos que ocorrerão ao funcionalismo do BB e à população. “Essas medidas de reestruturação anunciadas pela direção do Banco preveem, por exemplo, o fechamento de agências e outras unidades do BB em todo País, e o PDV (Plano de Desligamento Voluntário), que tem como meta a dispensa de 5.000 trabalhadores da instituição.

CARTA
Leia a carta aberta à população, que será distribuída ao público nesta terça-feira, no Paraná e no País, durante as manifestações em frente às unidades do Banco do Brasil:

“O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país.

O ano de 2021 começou com o anúncio da direção do Banco do Brasil de um plano de reestruturação que prevê o fechamento de agências e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas que prejudicam os funcionários e o atendimento ao público.

A direção do Banco do Brasil quer fazer mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios. Serão centenas de agências fechadas, muitas delas em cidades do interior do país que não dispõem de outras instituições bancárias. Outro ponto do plano é a meta de dispensar 5 mil funcionários, agravando ainda mais o atendimento à população.

Lembramos que essas medidas são anunciadas em meio a uma pandemia que cresce a cada dia, na qual o desemprego é uma crueldade que atingirá milhares de bancários e outros trabalhadores que prestam serviços nas agências e outras unidades do banco.

O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país. O Banco do Brasil e seus funcionários atuaram na linha de frente no atendimento à população durante a pandemia, com todas as dificuldades que a falta de estrutura da instituição trouxe para nosso trabalho. A população será prejudicada de diversas formas com essa reestruturação. Uma delas é a redução dos caixas executivos, que vai afetar diretamente o serviço de atendimento ao público.

O Banco do Brasil é um banco público ameaçado por um governo que leva o país a uma situação desesperadora. É parte dos serviços públicos que prestam serviços essenciais à população, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o ensino público e gratuito do nível básico ao superior. É o serviço público que atende à população mais carente e que está ameaçado pelo atual governo.

Os funcionários do Banco do Brasil não vão aceitar essa arbitrariedade da direção do banco. Estão dispostos a iniciar um calendário de lutas que não descarta a greve como ferramenta para barrar esse ataque ao BB. Convocamos a população a protestar contra essa reestruturação do Banco do Brasil, que aumenta o desemprego e piora o atendimento, uma reestruturação que faz parte de um plano maior de desmonte geral do serviço público no Brasil”.

Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito – Contec
Federação dos Bancários do Paraná e seus sindicatos Filiados – Feeb-PR

Post Mario de Gomes
Fonte/fotos: Feeb/PR

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